21 fevereiro, 2009

Queda Livre

De repente estava afogando-me, parecia estar diante do fim...
A cada metro de lama meus pulmões se compriamiam tentando puxar o que antes me dava vida.
Tentei tentei, mas nada vinha. O que me alimentava antes, o que corria em minhas veias não existia mais, minha esperança morreu comigo ! Naquela areia movediça.
E o que restava a minha volta, dentro e fora de mim, era lama !
Tornei-me vazia sem nem uma gota e cheia quando já não cabia nem sequer uma delas !
Vazia de carinhos, de sonhos, de amores, e cheia desta ilusão, cheia de esperar, de tristeza, de temores !
O "tudo" e o "nada" estavam sempre juntos, fazendo questão de circundar meu coração....hora ele batia gelado e hora batia fervendo !

Depois de ter toda minha' lma coberta, estava só! Eu e o poder daquele repuxar...
A única opção era sair, já que morrer não fora solução ! As dores ainda me pertubavam, mesmo que debaixo da terra !

Comecei a pensar e mais do que isto, a pensar com o coração, antes mesmo da lógica.
O que eu procurava era SENTIdo para acordar daquela longa noite !

Já que desejar os insetos não me fazia anestesiada, tive de partir, passei a remexer na lama de minhas entranhas, e nelas encontrei feridas, sujeira e algumas pétalas... depois, alguns botões sofocados.

Até que percebi que a cada metro avançado, sentia a cor do vento em meus ouvidos, enchi-me naquele momento....

E notei enfim, que não estava numa areia movediça, mas sim em queda livre !

Sou fênix diante do precipício da morte-vida !

2 comentários:

Anônimo disse...

cada dia mais eu me surpreendo com você
e a capacidade de ser genial, especial e essencial

Anônimo disse...

Thais,

Se o fato de escrever alivia a alma, refaz celulas, e ilumima a noite, saiba que encontrou o melhor remédio pra sua cura!
Escreva, escreva muito, por que pode aliviar não só sua dor, mas a de quem le também. Meus parabéns!
elizete/mãe