07 março, 2009

Ao Pé do Horizonte

Ao pé da bananeira
a menina se deliciava com seu cesto de frutas
Saboreava cada pedacinho que deixava suas mãos pegajosas
A menina em sua pura inocência, tirou suas sapatilhas e seu chapéu
e logo deixou ali ao pé da árvore seu cantil e peixeira.
O tempo parou e a menina sequer percebeu que era noite
As frutas estavam tão boas depois de um longo dia de trabalho !
Ela esqueceu-se que a floresta é a casa de quem a deseja e não de quem a merece....
De repente sentiu uma dor tão forte, tão forte que nem conseguia gritar !
Era a dor da malícia e crueldade, a dor da malidicência e vaidade.
A menina não sabia o que fazer, e ficou ali, atirada as raízes da árvore
Para sua surpresa , destas mesmas raízes sairam luzes protetoras
as lembranças lhe deram vida !
A menina então percebeu que não havia um antídoto
O melhor era prevenir-se !
Mas a raiva foi tanta e tanta, ela não compreendia
Até que a menina percebeu que pobre era a cobra que se rasteja
e assim o fará durante toda sua vida ! Apenas enxergará seus pés e a menina podia ver muito mais..... podia alcançar o horizonte !

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