07 março, 2009

Amazona de mim

Na última semana tive experiências impagáveis.
Mais uma vez senti a morte ! Mas foi diferente, pois quem andou na prancha foi a inocência, que está perdendo-se neste oceano do mundo real e suas ondas imensas.

Pude observar e aprender tanto que parece que vivi muito mais do que sete dias.
Minha dor primeiramente foi de me deparar com as fraquezas humanas, e mais do que isto, com aqueles que utilizam as fraquezas alheias para erguer-se.
No meu mundo as pessoas pediriam ajuda, se auto observariam e enfim amadureceriam, mas no mundo real é uma selvageria assustadora ! De repente me vi numa jaula com leões famintos..... famintos de poder !
Eles rugiam tão alto que nem pude ouvir meu bom senso. Minha voz se perdeu entre rugidos e risos ! Me vi tão só..... envenenei-me com o desespero, que num frasco tão pequeno proporcionou insasatez por momentos que nunca mais voltarão.
De repente coloquei as mãos no bolso e senti uma espada, antes mesmo que pudesse cravá-la de vez naqueles bichos, vi meu reflexo em sua prata divina.
Assustei-me com meu semblante e percebi logo que não tinha forças para carregá-la... caminhei até um cantinho, encolhi-me e então, depois de conviver com aquele medo, descobri algo : os leões não alcançavam uma parte da jaula. minha verdade e caráter eram intocáveis ! Depois só depois de ver que o medo não ultrapassaria certas barreiras enchi-me de mim mesma, coloquei minha armadura e ataquei ! Cravei a espada cintilante e para minha surpresa, os animais continuaram a rugir e rugir ! Não entendi como, já que uns sangravam.... assim como eu !
Neste instante notei que e os leões continuavam a ameaçar-me, mas eu já não temia, porque fui capaz de cravar minha espada.
Mas conforme as gotas de sangue corriam até meus pés, dei-me conta de que éramos iguais ! Uns rugem, uns choram, outros riem, alguns somem, e há aqueles que lutam.... Mas o sangue, gota à agua traçou uma linha : a do limite !

5 comentários:

Anônimo disse...

Não sei se aprecio o valor literário do texto, ou se ele me condoí, de machuca de pesnar no sofrimento desta escrita. De qualquer modo, foi escrito, saiu pro mundo, deixou o peito... Parabéns!
sua mãe

Djork4ev disse...

A vida é feita disso, infelizmente. Ou felizmente, por que às vezes, eu disse às vezes, o sofrimento é uma etapa de um processo que levará a uma felicidade 2X maior. A fênix passa por isso, ela morre, para depois viver novamente. Ainda há esperanças. "Enquanto há vida, há esperança."

Anônimo disse...

Aê, dahoora esse negocio ai /\

nao li tudo mais tava legal até qndo eu li ;P

Parabééns Trooxinha continue assim ♥

2do disse...

A vida é cíclica... limpa o sangue da espada, amarra suas sandálias e prepara teu escudo... na próxima ocasião, corta! Mas não pescoços nem carne... e sim as cordas que prendem a coleira dos aflitos leões!

Anônimo disse...

Filha,

Releio o texto, e hoje me permito chorar.
Choro porque nele há dor e as mães achavam que poderiam tirar a dor de seus filhos , porque elas também carregam suas espadas, no entanto, os filhos crescem, e nossas espadas não os alcançam mais. Filha, sei que sua lucidez e sensibilidade hoje são sua própria espada.
Te amo
Sua mãe